quarta-feira, 19 de maio de 2010

LORD CASPEL BARYE

O cêis gosta di vinho?
Então bebi essi...qui o cêis vai virá vampiro!




LORD CASPEL BARYE
( Um causo contado por um mineirim caipira )
Eu inté vô contá uma coisa pro céis. Quem cunheci o Lordi Casper Barye qui nem eu, tamen gosta muito deli, demai da conta, num sabe? O homi si mudô prás banda di cá, no finarzim do mês passado, i já foi logo fazeno amigo.
As moça vivi falano: “ Ô homi bunito”! i os moço vivi falano: “Ô homi sinistro”! i num é qui é verdade? O bunito fica por conta das moça, agora sinistro, uai... iss eli émezz.
Ô ceis óia bem, o homi têm um cabelão, cumpridão demai da conta, preto, preto, preto. Já a cara, é branca, branca, branca. Iguarzim paper. I o cêis num sabi o qui mais. Eli usa uma capona preta, preta, preta, Iguarzim o cabelão. Adora passiá di noiti, dispois qui o sór si põe. Eli fala qui gosta di esperá um tar di crepúsculo i embora. Então eli sai prô seu paseio noturno! Acho qui essi tar di crepúsculo, devi di sê um cara muito chato! Nunca ví eli não! Mais vortano no assunto, “Seo” Casper Barye é um homi sinistro, mais muito bão. Notra noiti, eli convidô os amigo lá du buteco prá tomá umas bebida, na casa deli. Si nóis fumu? Uai... nóis fumu, sim! Chegano lá, quando eli abriu as porta, num dáva prá creditá não! Um casarão! Parecia um castelo! Tinha uma larera grandona, com um fogão bem grandão! Bão, bem grandão, não! Era um foguim queimano...queimano...mais parecia grandi! I a iscada? Num cabava mais. I os degrar? Tinha um tapeti vermêio...bem vermêio!
Na salona no lado, era só garrafa di vinho! Um montão mezz! Tudo quanto é tipim di vinho, tinha lá! Si nóis bebêmo? Uai... nóis bebêmo, sim! Os vinho éra bão! Ô trem bão! Demai da conta! Tinha garrafa grandi, piquena, cheia, meio cheia, com uns nomi bem istranho, istranho mêrmo! Mais éra bão! Nóis bebêmo tanto, mais tanto, qui inté chegô uma hora, qui eu já tava trocano as bola, ou mió, as garrafa. Mais tinha uma, qui num é qui chamô minha tenção? Tinha um rótulo com um nomi... ó aqui ó, num sei falá não, mais iscrevi assim: B.L.O.O.D. O+. Perguntei o qui éra i eli falô qui num éra prá bebê aqueli não! Uai? Mais pur caus diquê aqueli não?... Num resisti i virei guela baixo. Homi-rapai! I num é qui éra bão? Demai da conta!
Mais o cêis num sabi qui conteceu! O homi veio ca queli jeito todo gentir i segurô no meu braço i...NHAC! meteu o denti! Falô qui era pra “ repô o vinho”. Num intendi nada não!
Quanto nóis bebia, eli deu uma saidinha ca garrafa na mão. Mais vorto loguim, loguim! Num sei ondi eli foi não!
Táva tudo muito bão, bão mezz! Só num gostei di uma coisa... lá pelas tanta da madrugada eli falô qui antis do sôr nascê, nóis tinha qui i imbora! Tinha qui durmi! Uai! Durmi di dia? Bão, dispois di tanto bebê, nóis tamen ia! Inté qui eli num bebeu muito não! Na hora qui nóis táva, já lá na rua, ví qui tinha isquicido as chave! A patroa num ia abrí a porta não! Ah, não mezz! Então vortei i bati na porta da casa deli, mais num atendeu não! Aí, eu entrei né? Num sei ondi eli tava não! Peguei a chave i fui procurá pra mi dispedi di novo. Foi então qui resorvi subi a escada i cheguei numa outra salona. O cêis num sabi o qui tinha lá! Ó aqui ó, uns deiz caxão! Bão, deiz não, só um. Mais tinha! I num é qui o “Seo” Casper tava durmino lá dentro? Ô homi sinistro, ô homi estranho! Num fiquei cum medo não! Izz é coisa di genti “ecêntrica”! Fui embora, dexei o homi lá, i num falei nadinha, nadinha pra ninguém não! Uai, genti! O “Seo” Casper é genti boa! Num faiz nada pra ninguém não! Eu inté qui tô gostano da idéia di durmi no caxão! I izz começô dispois da mordida.
Genti?...genti?... ei? Pessoar? Ondi qui o cêis vai?... Vorta qui! Eu num cabei di contá o causo não! Ara... povinho bessta sô! Inté pareci qui tão veno vampiro! Dá nada não! Manhã tudim elis vai lá tomá, o tar di vinho B.L.O.O.D. O+ qui é bão demai da conta! Ô trem bão! “Seo” Casper sabi convencê! Como? Vem aqui qui o cêis vai vê...

Lhu Weiss

3 comentários:

  1. Lhu Weissamiga

    Creio que te descobri no PANORAMA do nosso Luso de Carvalho. Vim até aqui e gostei. Por muitas razões e mais uma... e porque estás no Canadá. Tenho um akuñado no Québec, mais precisamente em Chateauguay (não é gay, é guay...)Junto a Montreal é só passar le pont Mercier.

    Há outros motivos, dos quais destco o excelente grafismo. Eu dei aulas de Jornalismo Gráfico aqui numa universidade lisboeta, e adoro. Assim, coerentemente, já sou teu seguidor.


    Bom, agora a pedincha à boa maneira portuga: não se trata de dólares... Faz uma visitinha à Minha Travessa para veres quem sou e se gostas do blogue. Desde já to agradeço. O Pedrão e a Tais, esses, gostam...

    E se quiseres inscrever-te como minha (per)seguidora, isso então nem se fala...

    Qjs = queijinhos = beijinhos

    ResponderExcluir
  2. Adorei o conto e a maneira como escreveu. Até parece que eu estava vendo a personagem. Você é ótima nisto de contar histórias.
    Viu que não resisti e voltei... rs
    angel

    ResponderExcluir
  3. Olá Lhú! adorei esse vampiro e mais ainda o mineirim! Essa história é muito boa! O Lord "CASPER" como diz o amigo é muito sinistro!
    Beijos grandes e "sem sangue"
    Galera Badulaques

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...